A força do nome

O ser humano que vive em sociedade tem a incrível capacidade de pré-raciocinio lógico devido a sua convivência diária com seus semelhantes de fisionomia e raciocínio, propiciando assim ao ser humano uma melhor discussão dos seus pensamentos e conclusões, levando-lhes sempre a mais pontos de respostas e não se agarrando ao primeiro ponto final que lhe é proposto e assim dando os uma ampla visão sobre quais quer fatos ocorridos no seu meio social ou não?

O meu encosto me diz que não, ele diz que a convivência social só trás ao ser humano o "complexo de normalidade" a famosa rotina aonde atos e pensamentos são enquadrados como "comuns" e assim levando qualquer discussão pelo ralo, aonde a sociedade em sua maioria se agarra ao primeiro ponto final que lhe é proposto pelo complexo da normalidade aonde novas dúvidas diárias são respondidas por fatos antigos e já superados pela sociedade.

Como eu não acredito no meu encosto, acho sempre que ele tem uma visão critica-escrota das coisas vou tentar mostrar por meio de situações aonde os fatos diários enquadram o homem da sociedade a pensamentos e respostas pré-formuladas pela sua rotina social.

Um bom exemplo é a força do nome sobre as coisas, pessoas e situações. Vou formular abaixo um questionário para a maior compreensão do caso:

1) "Oi meu nome é Creusa tenho 22 anos sou casada, tenho dois filhos e trabalho de __________".

- Qual trabalho você acha que creusa tem?

a) Gerente de Banco
b) Empregada Doméstica
c) Aeromoça
d) Não sei


Ah, essa ta fácil é empregada na certa ou não é? passou Gerente de Banco pela sua cabeça? com 22 anos formada para ser gerente de banco? como? e aeromoça com dois filhos e casada e com 22 anos é difícil hein... claro que é difícil está fora dos parâmetros sociais em que vivemos e para ajudar no seu raciocínio o nome da personagem foi dado de Creusa. E pra você que respondeu Não sei, vai ti fuder viado que fica em cima do muro para responder as coisas.


2) "Sai da frente filho da puta!!!!!!!!"

- Essa frase foi dita em qual ambiente?

a) Cinema
b) No Trânsito
c) Missa de sétimo dia do seu tio-avô
d) Sei lá


Essa pergunta pode sofrer de várias interpretações, pois a frase é dada como nome em várias situações mais é mais comum de se ouvir no trânsito ao não ser que você tenha o habito de freqüentar cinemas pornô e cerimônias de familiares distantes, claro que não. No meio social que vivemos é muito mais fácil formar esta cena no trânsito. Se você respondeu Sei lá, vá a merda seu pão com manteiga teu cérebro é do tamanho das kakas que eu tiro do meu nariz.


3) "Tião tem braço forte, trabalha desde pequeno com o pai, tem experiência no ramo".

- Em qual ramo tião tem experiência?

a) No comércio
b) Na cachaça
c) Pedreiro
d) Não faço idéia

Situação composta de várias respostas mais que levam a única por meio de simples ligações, cachaça está para o pedreiro assim como pedreiro está para a cachaça. E pra quem respondeu não faço idéia... Vá ler Nietzche, Schopenhauer, Descartes, etc.

Isso já virou cultura! a associação de nomes a cargos e perfis sociais já ultrapassou o preconceito social e já caiu na casa da cultura que é inconscientemente transmitida entre as gerações seja em forma da música, literatura ou humor popular. Já estamos contaminados até a alma pelo complexo de normalidade que atinge nossas conclusões, não temos ponte alguma para se esconder da chuva de preconceitos e moldes feitos pela sociedade em que vivemos. A nossa água já virou pinga! e o efeito de beber muito todo mundo sabe. Estamos todos bêbados e não nos damos conta disso.